Consumismo

29 dezembro 2006

Mais um Natal que passou e o consumismo reinou (rimou).

Este ano o Continente a que me desloco parecia Lisboa em hora de ponta. Carros e mais carros em constante perigo iminente de baterem, rotundas apinhadas de filas para estacionar, caixas de pagamento sem conseguir dar vazão, zona de devolução com filas em zigzag, 30min de espera para ter a prenda embrulhada, reforços de moedas e notas nas caixas de pagamento a cada 30min...


Mas neste consumismo desenfreado que assolou este país, há sempre pequenos pormenores diferenciais de nível sócio-económico entre os consumistas que os mais atentos conseguem aperceber-se.
Algumas pessoas tinham o cuidado de arrumar as prendas nos carros escondendo debaixo de uma manta/tapete ou de capô, outros nem se importavam com o esconder.
A nível de compras assiste-se a alguns pequenos "skechs" da vida real: pai está na secção de videojogos a escolher com o filho (mal ele sabe que é para lhe oferecer) e eis que outro pai e filho se aproximam e pegam num jogo que é para uma consola bastante mais cara e que a nível de jogabilidade é "o sonho" de qualquer miúdo. O 1º pai olha de lado com olhar triste e taciturno por ter consciência de não poder oferecer algo a esse nível ao seu filho. Outros haverão que cometem exageros e extravagâncias para além das suas posses...

Se o final de ano seguir a mesma linha de consumismo, muitas famílias vão chegar à "banca rota" e ter um início de ano novo com tudo menos haver com o número 7 de 2007.

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